Enfim, é 12h, estou dentro de um ônibus. A origem todo mundo sabe, né? E todo mundo conhece e é por exatamente todo mundo se conhecer, que venho escrever.
É tão complicado a vida, né? Não é impossível, de maneira alguma, mas, quantos perrengues acontecem durante teu dia a dia e tu finge que não aconteceu para o resto do mundo? Ou melhor: Qual a tua história? O que tem nela que ninguém mais sabe?
Não quero invadir a privacidade de ninguém, é só uma reflexão. As pessoas (incluindo eu) tem a maldita mania de julgar o próximo como se os seus problemas fossem tão piores quanto os do outro. E isso, meu caro, não se faz. Sabe porque falei sobre estar no ônibus? Então, há uma pessoa aqui que enfrentou (e enfrenta) um grande problema com drogas ilícitas e talvez, eu seja a única a saber disso aqui. A pessoa não me conhece e eu só a conheço em função de uma amiga.
No meio de tudo isso eu me questiono: claro, os problemas pessoais devem ser distanciados do trabalho. Mas até que ponto isso é bom? Às vezes, as pessoas confundem separar esses dois âmbitos e acabam guardando tudo pra si sempre. Não contam, não desabafam, vão se preenchendo de sentimentos e acontecimentos que as machucam por dentro, por simplesmente medo daquele dedo alheio estar nos apontando, por medo de julgamentos, entendeu?
Eu, como uma ótima virginiana, fico observando as pessoas e suas reações perante as outras. Há de tudo! E nesse caso em especial, onde as drogas continuam sendo tabu mundial, fico pensando o que ele não deve estar vivendo, as dificuldades, os receios e pra gente transmitindo que está tudo ok, porque tem que estar. Entende? Sei lá, não posso ajudar a todos, além do mais, preciso me ajudar primeiro haha. Mas fica aqui a minha vontade de ajudá-lo, o meu abraço e o desejo de que as coisas melhorem a todos nós, sempre, a cada dia!